terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tentando Quebrar o Tabu !!





Prestes a encarar o carrasco do Real Madrid na Liga dos Campeões de 2010, o técnico português José Mourinho mostra confiança em relação ao confronto contra o Lyon. O treinador lembra que já eliminou os franceses da competição.

- O adversário é de qualidade, mas eu já eliminei o Lyon e ganhei a Liga dos Campeões. Ricardo Carvalho marcou e eliminou o Lyon, e Cristiano Ronaldo também com o Manchester United – relata o português.

Mourinho é um especialista na competição, tendo dois títulos no currículo, no comando do Porto, em 2003/2004, e do Inter de Milão, em 2009/2010. O técnico do clube merengue se diz entusiasmado com o jogo.

- É um rival que sabe jogar esse tipo de partida, mas nós somos o Real Madrid, e as estatísticas estão aí para acabarmos com elas. Respeitamos o adversário pela qualidade que tem hoje, não no ano passado ou cinco anos atrás – concluiu Mourinho.

Real Madrid e Lyon se enfrentam nesta terça-feira, em Gerland, na França, às 16h45 (Horário de Brasília).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Só para não perder o Costume....



É isso aí Galera, eu sempre digo que esse lance de jogo amistoso não ajuda em nada. O Mano Menezes terá
que "sambar as mamona" se quiser deixar essa seleção pronta de verdade.E como já é de costume, mais uma 
vez o a Seleção perdeu para os Franceses. Já perdi as esperanças, conseguem ser derrotados mesmo sem ter Zidane como adversário.

O carrasco estava no camarote do Stade de France, mas sua camisa "jogou" em mais uma vitória da França sobre o Brasil nesta quarta-feira: com o número de 10 de Zidane nas costas, Benzema brilhou e garantiu o 1 a 0 para os franceses, que não perdem para os brasileiros desde 26 de agosto de 1992 (2 a 0). O atacante do Real Madrid ainda foi alvo de uma entrada violenta de Hernanes, que acertou o peito do rival e foi expulso aos 38 do primeiro tempo.
Esta foi a segunda derrota seguida do time treinado por Mano Menezes. Em 2010, a Seleção fechou o ano com fracasso contra a Argentina (1 a 0, em novembro). Antes, a equipe havia vencido Ucrânia, Irã e Estados Unidos. Nos dois confrontos contra rivais tradicionais, o Brasil de Mano não conseguiu a vitória.
O próximo amistoso marcado para a Seleção, que não disputará as eliminatórias para  a Copa de 2014, é contra a Holanda, dia 4 de junho, provavelmente no Brasil. Em 3 de julho, a equipe estreia na Copa América contra a Venezuela, na Argentina. Desde 1992, a Seleção enfrentou a França seis vezes: dois empates e quatro derrotas. No total, cada um tem cinco vitórias na história do confronto (quatro empates).
Assim como o Brasil, a França de Laurent Blanc entrou em campo de uniforme novo no Stade de France. Campeão do mundo em 1998, o treinador chegou a cinco vitórias seguidas no comando dos Bleus. Se a camisa era nova, havia algo diferente: Benzema. Criticado no Real Madrid, que contratou até Adebayor para tentar solucionar o problema no ataque, ele foi o principal nome do amistoso. Aos 38 minutos, o camisa 10 fez uma linda jogada, deu um chapéu em Lucas e, quando se preparava para repetir o drible em Hernanes, levou um chute no peito, que valeu a expulsão do meia do Lazio. No segundo tempo, Benzema ainda fez o gol da vitória francesa e criou várias chances - algumas delas salvas por Julio César, que voltou bem ao gol da Seleção.
Como havia mostrado nos treinos na França, Mano escalou a Seleção com Renato Augusto no meio. O estreante ganhou a camisa 10, mas pouco tocou na bola e saiu na etapa final para a entrada de Jadson. Elias, Lucas e Hernanes completaram o setor, com Robinho e Pato no ataque. A defesa foi a preferida do técnico: Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos.
O Brasil começou bem a partida, pressionando a França. Logo no primeiro minuto, Daniel Alves arriscou de fora da área, Lloris defendeu e deixou a bola quicar, mas pegou antes de Pato conseguir o rebote. Logo em seguida, o goleiro saiu jogando errado e deu chance de ataque à Seleção, mas Robinho sofreu falta na esquerda da área. Após cobrança de Hernanes, a defesa afastou para escanteio.
Os Bleus assustaram Julio César aos 9, quando Gourcuff deu belo passe de primeira para Benzema, entre David Luiz e Thiago Silva na área, e o atacante do Real bateu cruzado da direita, rente à trave do goleiro brasileiro. Três minutos depois, o time de Mano respondeu com jogada entre Lucas e Pato, mas o craque do Milan bateu por cima.
A Seleção dominava a partida até os 38 minutos. Mas a expulsão de Hernanes desmontou o esquema de Mano e fez a França crescer em casa. Principalmente, Benzema. Após ter as travas da chuteira do camisa 11 brasileiro no peito, o atacante passou a ser o melhor em campo e criou as melhores jogadas.
Aos dois do segundo tempo, Benzema recebeu cruzamento na área, matou no peito e chutou de canhota, mas David Luiz se jogou e conseguiu salvar. Aos nove, o Brasil não teve essa sorte. Ménez entrou pela direita, passou por Elias e André Santos e cruzou rasteiro, David Luiz, Lucas, Thiago Silva e Julio César não cortaram e a bola ficou com Benzema, dentro da área, para encostar nela e marcar 1 a 0.
Um minuto depois, o goleiro do Inter de Milão evitou o segundo. Novamente, Benzema, sozinho, acertou um peixinho e Julio César fez um defesaço. Mais cinco mintutos e outra chance do camisa 10 francês: a defesa brasileira errou na saída de bola, Benzema arrancou pela direita, entrou na área e bateu cruzado, mas Julio salvou mais uma.
Nervoso, o Brasil não conseguia reagir. De tanto reclamar, Robinho ainda levou cartão amarelo. Em seguida, Mano tirou o capitão para recompor o meio de campo com Sandro. Mas a França continuou mandando no jogo e parava os contra-ataques brasileiros. Aos 40, Blanc tirou Benzema, que saiu exaltado de campo.
Nos acréscimos, Jadson e Hulk foram os responsáveis pela melhor chance de empatar. O meia do Shakhtar achou o atacante do Porto entre os zagueiros, ele entrou cara a cara com Lloris, mas o goleiro conseguiu ser mais rápido e evitou o drible.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ronaldinho (By Globo Esporte)





Último a entrar em campo. Saltitante, balançando pernas e braços sem parar. Mais agitado do que o normal. Mas o momento era diferente mesmo. Especial. À espera do craque, um gigante e lindo mosaico preparado pela torcida rubro-negra com a frase: “Bem-vindo R10”. Emocionado, Ronaldinho Gaúcho agradecia com as mãos e fazia sinais de positivo com a cabeça. Veio a foto oficial. Os abraços dos companheiros, até mesmo dos adversários... Mas as homenagens não paravam por aí. Leo Moura se aproximou, tirou a braçadeira e entregou ao camisa 10, que vai passar a ser o novo capitão do Flamengo. Nova euforia na arquibancada. Ronaldinho precisava recuperar a concentração antes do apito inicial. Então se isolou. Fechou os olhos, abriu os braços e começou a rezar. Pediu proteção, inspiração.

E a bola rolou. Começava uma nova fase na carreira de Ronaldinho Gaúcho. Contestado desde a Copa de 2006, o meia espera voltar aos tempos de glória. Na estreia, o camisa 10 não brilhou nem participou do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Nova Iguaçu marcado por Wanderley aos 40 minutos do segundo tempo. Mas teve lampejos de genialidade, foi um jogador participativo, que chamou a responsabilidade, que orientou os companheiros. No total, ele correu 8,7km na partida e ficou com a bola nos pés por 3m09s. Deu três chutes, quase marcou um gol em uma bela cobrança de falta.
No começo da partida, a euforia dominou o Engenhão. A cada toque na bola de Ronaldinho Gaúcho surgiam gritos histéricos da torcida. O primeiro lance foi improdutivo. Parou no peito do zagueiro Alex Moraes. O camisa 10 parecia nervoso. Perdeu a bola também nas duas jogadas seguintes. No total, foram 11 passes errados durante os 94 minutos. Só quando surgiu uma falta na lateral esquerda é que a velha habilidade começou a aparecer. Ronaldinho fez um gesto com a mão indicando que iria cobrar na segunda trave. Mas ao ver o goleiro Diogo Silva sair antes para a pequena área, ele tentou surpreender e cobrar direto. Mas camisa 1 do Nova Iguaçu conseguiu voltar a tempo e defender. Um lance que lembrou bem o gol em cima da Inglaterra na Copa de 2002.
Logo na estreia, Ronaldinho exerceu também liderança. Aos nove minutos, ele fez um sinal de tranquilidade para todo o time logo depois de Alex Faria perder um gol incrível para o Nova Iguaçu. A defesa estava discutindo o posicionamento, mas o camisa 10 logo começou a falar e movimentar as duas mãos para baixo e para cima pedindo calma. Por várias outras vezes, ele também orientou a marcação, acertou o posicionamento. O papo, na maioria das vezes, acontecia com Deivid, Vander e Thiago Neves, principais companheiros de ataque. Aos dez minutos, uma das marcas registradas. Toque para um lado, cabeça para o outro. A defesa ficou perdida, mas Leo Moura perdeu a bola ao tentar entrar na área.
No início, Ronaldinho Gaúcho ficou mais centralizado no ataque, recebendo forte marcação dos zagueiros. Jogava mais de pivô na entrada da área. Depois procurou cair mais pela esquerda. Foi assim recebeu na esquerda e cruzou na cabeça de Thiago Neves. O desvio foi para fora. Veio o tempo técnico e o meia troca de camisa. A peça que ele usou nos primeiros minutos em campo pelo Flamengo vai para um museu que está sendo construído na Gávea e deve ser inaugurado no fm do ano. O período serve também para uma conversa com Deivid. O papo parece dar resultado assim que o jogo recomeça. De letra, Ronaldinho Gaúcho tabelou com o atacante e, depois, passou de primeira para Renato. O ala chegou na área chutando forte. A bola foi para fora. Pouco depois, R10 recebeu na esquerda e pedalou em cima da marcação. A torcida se levantou no Engenhão. Mas o toque rasteiro para a área não chegou até Vander.
em a bola nos pés, Ronaldinho Gaúcho aproveitava para arrumar o cabelo, a faixa preta da cabeça e o meião. A costura da meia direita parecia incomodar o camisa 10, que toda hora se abaixava para tentar arrumá-la. O primeiro tempo se encaminhava para o fim quando surgiu uma falta na intermediária. Expectativa. Ronaldinho pegou a bola, ajeitou com carinho. Quatro passos para trás e olhar fixo para o goleiro. O chute viajou e parecia ter rumo certo. O craque ensaiou até a corrida para a comemoração, mas Diogo Silva se esticou todo e espalmou para encanteio.
- Está difícil. Eles estão fechadinhos lá atrás - disse Ronaldinho no fim do primeiro tempo.
Com uma chuteira branca, Ronaldinho voltou para o segundo tempo. Observado pelo irmão Assis, pela mãe Miguelina e outros familiares que estavam em um camarote, o craque deu um lindo passe para Deivid, mas o atacante não alcançou a bola, que acabou nas mãos do goleiro. O gol não saia e o meia dava sinais de impaciência. Quando o árbitro marcou uma falta perigosa contra o Flamengo, ele abriu os braços, reclamou. Minutos depois quando Bottinelli errou um passe simples e estragou um bom contra-ataque, Ronaldinho até bateu palmas para apoiar o companheiro, mas em seguida se virou, lamentou sozinho e soltou um palavrão.
Ajudando na marcação, ele exagerou na entrada em Foca. A dividida terminou com a sola da chuteira do rubro-negro na canela do lateral, que precisou sair de campo para ser atendido. Três minutos depois, Ronaldinho procurou o adversário para se desculpar. Isso sem contar os gestos para o árbitro apontando o relógio toda hora que o Nova Iguaçu buscava ganhar tempo nos lances de bola parada.
Nos 15 minutos finais de partida, o Flamengo foi para o abafa e Ronaldinho apareceu servindo os companheiros. Primeiro foi Thiago Neves, que chutou por cima do gol. Depois, Leo Moura, que bateu cruzado para a defesa do goleiro. Apesar de se envolver bastante nas jogadas de ataque, o camisa 10 não participou do lance do gol de Wanderley, que garantiu a vitória. Mas o que se viu depois foi o craque sair correndo como um louco para a torcida atrás do atacante. Pulou as placas de publicidade e foi balançando os braços sem parar. No fim, um abraço longo em Wanderley na volta ao campo. Um sorriso e um agradecimento.
Com a vantagem, a atitude mudou. Aos 44 minutos, Ronaldinho falou para os companheiros que só faltavam três minutos para o fim da partida. E fez com as mãos gestos para o time tocar a bola e gastar o tempo. Veio o apito final e o craque fez o sinal da cruz. Depois foi abraçar Renato e Wanderley. Antes de sair de campo, o camisa 10 bateu palmas para os torcedores junto com os companheiros.
Depois, sozinho em campo, fez gestos referenciando o apoio e o carinho da torcida. Mostrou estar arrepiado com a festa. E beijou o escudo da camisa rubro-negra.
- Não tenho palavras - disse.
Ronaldinho não trocou a camisa 10 com ninguém apesar de alguns pedidos. Antes da partida, o meia disse que guardaria em casa o uniforme da estreia.
- Essa vai para a minha mãe, que veio de Porto Alegre para ver o jogo. Vai para o quadro por ser um dos dias mais emocionantes da minha vida.